Educação

Escola celebra 110 anos de história e dedicação à educação

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Gomes celebra seus 110 anos de história na próxima quarta-feira, dia 16, a partir das 19h30. O evento será realizado na própria escola e contará com a exibição de um vídeo especial, que resgata a trajetória da instituição desde sua fundação, com relatos de pessoas que ajudaram — e continuam ajudando — a construir essa história tão significativa para a comunidade.

 

Os alunos do 1º ao 9º Ano farão apresentações preparadas com carinho pelos professores Nair Cavaterra (profe Naná) e William Bayer, trazendo emoção e criatividade à comemoração. Durante a noite, também haverá venda de lanches, proporcionando um momento ainda mais agradável para todos os presentes.

 

“Convidamos todos para participarem desse momento especial, que celebra o passado, o presente e o futuro de uma escola que é símbolo de dedicação à educação em Marques de Souza”, destaca a diretora Sandra Scherer.

 

Histórico do educandário

 

O círculo de pais e mestres Carlos Gomes, em Picada Flor, na época, Distrito de Marques de Souza, município de Lajeado, foi fundado no dia 15 de janeiro de 1915, por um grupo de 20 membros: Guilherme Mayer, Guilherme Gross, Frederico Biehl, Alberto Gross, Edmundo Hoffmann, Leopoldo Schneider, Felipe Willig, Augusto Andersen, Samuel Marmitt, João Kunz, Jacob Stacke, Carlos Hofmeister, Guilherme Born e Henrique Hübner.

 

Inicialmente para o funcionamento da Escola, foi adquirida, do Sr. Adolfo Schmidt, uma pequena área de terras com a superfície de 8232 m quadrados, em Picada Flor, construindo-se ali, uma pequena escola de 8 metros de comprimento e 6 metros de largura, onde os filhos dos associados recebiam educação.

 

O primeiro professor contratado foi o Sr. Felipe Mayer. Em 1932, a sociedade adquiriu na mesma localidade, outro terreno de 20.000 metros quadrados, do Sr. Leopoldo Schneider, havendo no mesmo, uma casa de alvenaria, que era utilizada como casa comercial, mas que tendo sido bem reformada servia como escola, com capacidade para 65 crianças. Essa mesma construção recebeu mais tarde várias reformas.

 

Em 1964, a sociedade construiu uma casa que servia como moradia para seu professor. No ano de 1967, a escola Carlos Gomes, que era particular, passou a ser municipal. Como a Escola estava situada em Picada Flor, a ideia foi de transferi-la pois naquele local, não teria muita chance de crescer por não haver muitas crianças na localidade e também pela falta de espaço. O nosso município precisaria de uma escola maior para aumentar o número de alunos na rede municipal.

 

Para iniciarem a transferência, a administração e professores, reuniram-se com a comunidade de Picada Flor que aprovou a ideia de construção de um novo prédio, em local onde pudesse absorver uma demanda maior de alunos.

 

O local onde seria construída a nova escola foi definido através de uma pesquisa, a qual concluiu que a escola deveria ser nas proximidades da Cidade D’Água pois o crescimento do nosso município seria ali, nesta região.

 

Em 2003 a Escola Carlos Gomes transferiu-se de Picada Flor, para o Bairro Cidade D’Água, em um prédio com 4 salas de aula, 1 sala de informática, banheiros, refeitório amplo, cozinha, secretaria, biblioteca, sala de professores (adaptada junto ao almoxarifado e lavanderia), sala de recursos e classe especial, pracinha e quadra de esportes, na época da transferência a escola atendia em torno de 20 alunos.

 

Atualmente, em 2011, a escola atende no turno da manhã 58 alunos, no turno da tarde 97 alunos, 4 alunos na Sala de Recursos Multifuncionais e estão inscritos 15 alunos no Supletivo do Ensino Fundamental, totalizando 174 alunos matriculados neste educandário. A diretora atual é Sibele Thiele a Vice-diretora Nicolina T. Brenner e como Coordenadora Pedagógica a professora Janete Gasparotto.

 

Além da equipe diretiva, o quadro é composto de mais uma Psicopedagoga Aline Dullius e 15 professores: Ângela C. Grandi, Analígia Becker, Carla Giovanella Appel, Cátia Fontana, Deisi Regina Walter, Eveline Venter, Fabrini Closs Porto, Gustavo Rauber, Cristina Schneider, Liselote Scherer, Micheli Berté Baldissera, Rosangela Ferla, Suame Schardong, Patrícia F. S. Krahn, Magda Barbieri. Temos a Monitora Educacional, Camila Weimer auxiliando nos trabalhos da biblioteca e sala de aula. A responsável pelos trabalhos da secretaria é a funcionária Daniela L. Willand e como serventes temos Mirda Ludwig e Angélica Wassem.

 

No momento da emancipação, os funcionários efetivos, moradores daquele território emancipado, tem a livre opção em permanecer no município mãe ou se integrar no grupo de funcionários do novo município. Na época tivemos um quadro de 7 professoras efetivos, que optaram pela rede educacional do novo município, conforme declaração, assinada em 10 de janeiro de 1997, além desses professores vieram transferidos professores cedidos para a rede estadual e particular:

 

Escola. Estadual Ana Néri:  Janete Gasparotto (20h), Nicolina Teresa Hauenstein (40h), Teresinha Eloni Hagemann (40 h); 

 

Escola Estadual Severino José Freiner: Anelise Rejane Lienemann

 

Escola Municipal Antônio Bastos: Ângela Cristina Stacke (20h) e Tirza Marlisce Baum Datsch (encaminhou aposentadoria);

 

Escola Particular Carlos Gomes (repasse de verbas): Sandra Helena Mallmann Scherer;

 

Escola Municipal Augusto Colombo: Nelci Teresinha Finatto (20 h)

 

Escola Estadual Frei Antônio:  Gladis Zanchett (20h)

 

Escola Municipal Felipe dos Santos:  Magda Cristiane Schena (20h);

 

A rede Municipal de Ensino na época, contava com apenas 4 escolas rurais multisseriadas ativas:  Escola Municipal de Ensino Fundamental 1ª a 5ª série Felipe dos Santos de Picada May, com ...alunos; Escola Municipal Ensino Fundamental 1ª a 5ª série Augusto Colombo de Picada Serra com ... alunos; Escola Municipal de Ensino Fundamental 1ª a 5ª série Antônio Bastos de Linha Bastos e Escola Particular de Ensino Fundamental 1ª a 5ª série Carlos Gomes de Picada Flor. A particular era mantida com recursos públicos municipais, desde professor, material de expediente, merenda, transporte de alunos, entre outros gastos.

 

Avaliando a situação e os gastos com a Escola Particular Carlos Gomes de Picada Flor, e sentindo o interesse da própria comunidade, a administração pública, no início do segundo ano de administração encaminhou as tratativas de municipalizar a mesma. 

 

A professora Sandra Helena Mallmann, na época atuava com as turmas multisseriadas, com 17 alunos, era contratada pela Sociedade Escolar e paga com o repasse de recursos públicos e no momento da aprovação da municipalização da escola ela deve que ser desvinculada. Na época o processo da municipalização teve que ser remetido e apreciado pelo Conselho Estadual de Educação para sua aprovação.  

 

O que fazer e por onde começar? Investir e ampliar a escola de Picada Flor era inviável, pois ficava distante da sede e muito próximo a BR 386. A primeira grande investida foi ter uma escola municipal na sede do município. Partiu-se então, em busca de viabilizar essa alternativa.

 

Em 2001, na segunda gestão do Prefeito Gelsy Elton Arend e então Secretária Municipal de Educação Senhora Lúcia Pereira Batista, também vice-prefeita na época, contrataram uma assessoria que realizou um estudo demográfico e topográfico, chegando à conclusão que o maior crescimento da cidade se daria para o lado oeste, ou seja, para o Bairro Cidade D’Água.

 

Partiram de imediato para a prática, comprando uma área de terras de um hectare do senhor Edgar Closs, para efetivar o projeto educacional que comportaria um prédio de Ensino Fundamental, um prédio de educação infantil e um ginásio de esportes.

 

Durante o ano de 2002 iniciou-se a construção do prédio escolar de Ensino Fundamental, que em seu Projeto total tinha 1.599,33 metro, onde na primeira etapa foram construídos 914 metros que continha banheiros femininos e masculino, sala de informática, 4 salas de aula, refeitório que continha também a Biblioteca e sala de vídeo, cozinha, almoxarifado dividido com sala de professores e secretaria.

 

Iniciando as atividades escolares, no novo prédio, no ano letivo de 2003, na época com   52 alunos e ... professores, desde pré-escola até 5ª série, implantado progressivamente o ensino Fundamental, tanto que a primeira turma concluiu em 2007.

 

Fotos Divulgação (arquivo histórico) e texto Giovane Weber/FW Comunicação