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Cruz Vermelha e Instituto Boreal apresentam novas estratégias de resposta a desastres
Prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal para Assuntos Estratégicos (Cipae-G8) estiveram reunidos em Marques de Souza na manhã desta quinta-feira. O encontro contou com a presença do diretor da Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul, Ismael Pereira, e do diretor-executivo do Instituto Boreal, Iurqui Pinheiro.
Durante a reunião, foram apresentadas as novas diretrizes de atuação da Cruz Vermelha e o lançamento oficial do Instituto Boreal, organização que surge no Estado com vocação global, voltada ao desenvolvimento sustentável e à atuação em situações de emergência. O objetivo do encontro foi alinhar estratégias para melhorar a resposta a desastres naturais e humanitários, cada vez mais frequentes na região.
Ismael Pereira destacou que, desde 2020, o Rio Grande do Sul tem enfrentado ao menos um grande desastre por ano, afetando mais de 80% do território estadual. Diante desse cenário, ele defendeu uma mudança no modelo de gestão, com foco na prevenção, preparação e mitigação, além da resposta emergencial.
A Cruz Vermelha pretende implementar no Brasil um programa internacional de ações antecipatórias, com medidas que possam ser colocadas em prática antes mesmo dos desastres acontecerem, especialmente a partir de alertas meteorológicos. A ideia é proteger famílias e garantir meios de vida, evitando perdas totais e facilitando a recuperação.
Entre os programas destacados para implementação nos municípios do Vale do Taquari estão os projetos sobre saúde mental, proteção de meios de vida, programa de transferência monetária, ações antecipatórias e a recuperação econômica pós-desastre.
Desenvolvimento econômico, tecnológico
O trabalho agora se integra ao Instituto Boreal, apresentado oficialmente durante a visita. A nova organização nasce no Rio Grande do Sul com o propósito de atuar nas áreas de desenvolvimento econômico, tecnológico, social e humano, com foco em mudanças climáticas, prevenção de desastres e reconstrução de comunidades.
Entre os projetos futuros está a criação de um fundo global de resposta rápida, que possibilitará acesso imediato a recursos em situações emergenciais. O Instituto também pretende desenvolver ações voltadas à mediação de conflitos, qualificação profissional e geração de renda para comunidades atingidas.
Projeto piloto
Com a união entre a Cruz Vermelha e o Instituto Boreal, a expectativa é que o Rio Grande do Sul se torne referência nacional em estratégias de enfrentamento a desastres.
O plano inclui, ainda, a atuação conjunta com o Cipae-G8 na criação de um projeto piloto voltado à recuperação, reconstrução e integração de regiões afetadas, incluindo a formação de núcleos de inovação tecnológica nos municípios, criação de selos de empregabilidade e estratégias de gestão de dados e migração em cenários de crise.
Para o vice-prefeito Lairton Heineck o trabalho da Cruz Vermelha é essencial para fortalecer a capacidade dos municípios em enfrentar situações de emergência. “Parcerias como essa são fundamentais para garantir mais segurança, dignidade e reconstrução às famílias atingidas por desastres.”
Para saber
Em 2024, a Cruz Vermelha mobilizou 1,3 milhão de quilos em mantimentos, resultando em 130 mil entregas de cestas básicas e kits de higiene, alcançando cerca de 450 mil pessoas.
Em Canoas, foram realizados 18 mil atendimentos em pontos de saúde e cerca de 3 mil pessoas receberam apoio em saúde mental. Em Marques de Souza, 580 famílias rurais foram beneficiadas com transferências monetárias e fortalecimento da rede de assistência social.
Fotos e texto Giovane Weber/FW Comunicação